Atenção: Essa postagem ainda não está terminada.
Muitas pessoas me perguntam:
- Professor: devo colocar meu filho no reforço? Ele está tirando notas baixas, e, sozinho não conseguirá passar de ano.
- Que devo fazer?
Para essa questão tão séria, vamos analisar alguns pontos cruciais e verificarmos as razões, necessidades e o momento mais adequado na decisão de colocar o aluno no reforço.
Para isso, elencaremos alguns fatores que supostamente indicariam a dificuldade de aprendizado na infância, refletiriam na vida acadêmica e se estenderiam no exercício profissional de graduados e pós-graduados.
Sejam:
Falta de embasamento no ensino fundamental:
Como sabemos as primeiras séries do desenvolvimento do conhecimento são preponderantes para o crescimento intelectual de uma pessoa.
Nesta fase se os ensinamentos ministrados forem precários ou mal elaborados, certamente proporcionarão verdadeiros estorvos nas séries seguintes criando o chamado “efeito dominó” transformando, desta forma, uma verdadeira tragédia pedagógica na existência do indivíduo.
Fica, realmente, difícil determinar que essa seria a causa primária do grande número de reprovações registradas pelas instituições escolares, mas, sem dúvida, é uma das mais relevantes.
Isso porque um ano letivo é pré-requisito dos posteriores, um assunto prepara o aluno para o aprendizado do seqüente, e assim por diante. Por exemplo, não se aprende uma sílaba se não se conhece as vogais e consoantes. Não se aprende a multiplicar se não se sabe somar. Não se entende o mundo de hoje sem se conhecer a sua história. Então se a base é mal feita o resto da construção será débil, essa é uma lei e uma condição sine qua non.
Nota-se, também, que algumas matérias apresentam mais dificuldade de aprendizado que outras. Matérias que estão na preferência do alunato, em geral as ligadas às ciências humanas como história, geografia, artes, filosofia, etc. neste caso excetuaremos à Língua Portuguesa, que muitos se queixam das dificuldades e da complexidade natural do idioma.
A disciplina mais temida, sem sombras de dúvidas, é a matemática e suas co-disciplinares, tais como: química, física, estatística, etc. analisando isso mais de perto, apontaremos uma razão muito simples que discorreremos a seguir:
Nas décadas passadas o ensino médio no Brasil tinha um caráter profissionalizante e era dividido, mais ou menos, na seguinte forma:
• Científico – que tinha sua base pedagógica nas ciências exatas;
• Contabilidade – voltado para o comércio e seus processos;
• Liceu – ensinando as artes e a filosofia, e;
• Magistério - preparatório de professores das classes iniciais.
Lembramos que em nossa juventude, na quarta-série do ensino primário (assim era chamada a etapa do ensino que hoje se denomina ensino fundamental), antes do teste de admissão, alguns alunos, em geral as meninas, preferiam o magistério a outros cursos a fim de fugir da famigerada matemática, pois, a mesma não era muito exigida nesse seguimento educacional.
Para quem não sabe, o teste de admissão era uma espécie de vestibular que dava o direito do ingresso aos alunos da quarta-série primária ao primeiro ano ginasial, hoje ensino médio.
Assim, esses profissionais eram formados com certa aversão por essa matéria, que também não era muito requerida ou trabalhada de forma incisiva e elaborada. poderiam ensinar satisfatoriamente essa disciplina sem afetar a qualidade desse ensino/aprendizado?
Então, como conseqüência, esta problemática se arrasta de geração em geração do alunato sendo uma das principais causas das notas baixas e dos fracassos nos anos letivos dos diversos níveis acadêmicos da educação no Brasil.
Cultura da não leitura
Infelizmente, aqui no Brasil o hábito de ler não faz parte da nossa cultura, em geral queremos tudo pronto, resumido, sumariado e de compreensão imediata, relegando os textos mais longos a uma atividade enfadonha e tediosa.
Nas postagens anteriores damos um enfoque maior sobre a leitura e seus aspectos e nesta ocasião podemos observar que ler está intrinsecamente associado à compreensão e entendimento do texto, ou seja, se o indivíduo apenas passa a vista no escrito de uma folha de papel, por exemplo, e entende parcialmente a mensagem apresentada, podemos afirmar que não houve leitura ou houve apenas uma leitura fragmentada e precária, relegando a compreensão do texto aos anais da inferência, o que representa um perigo às conclusões ora obtidas.
Em brincadeira nas salas de aula que leciono, proponho aos alunos um teste de inferência, que sempre dá o mesmo resultado:
Digo a todos que o sufixo “ite” significa o designativo de doença inflamatória do órgão, tecido, etc., a que se refere o radical: amigdalite – inflamação nas amígdalas; bronquite – inflamação nos brônquios; gengivite – inflamação na gengiva.
Quando eu pergunto a todos o que é estomatite? Respondem rapidamente:
- é inflamação do estômago.
A inferência provocou o erro, pois, inflamação do estômago é gastrite. Estomatite é inflamação na boca, pois, estoma vem do Grego Stóma que traduzimos por boca.
O descuido com a leitura provoca o que chamamos de “fórmula pronta”, ou seja, uma associação cadenciada do que foi aprendido com o que está sendo exposto a resolver.
Muitos alunos esperam a similitude entre as aulas dadas e os exemplos apresentados com os exercícios propostos tentando enquadrá-los e resolvê-los de maneira padronizada.
O problema aparece quando na resolução, pois, nem tudo se resolve da mesma forma, as variáveis e nuanças dão sempre um novo sentido e interpretação modificando a forma e os processos de condução no desfecho do que foi pedido.
Ora, se tudo fosse resolvido ou processado da mesma forma, bastaria a confecção de um carimbo deixando tudo pronto de maneira prática e rápida.
Felizmente não é assim que “a banda toca”.
Outra questão a ser analisada sobre a leitura é a negligência do ato de ler. Alguns alunos recorrem a decoreba, ou seja, aprender o assunto de cor sem assimilação. Esse procedimento pode ser até eficaz momentaneamente, mas sem essa fixação os ensinamentos são volatizados e perdidos permanentemente.
Por problemas técnicos essa matéria não está concluída, mas iremos retomá-la brevemente.
Muitas pessoas me perguntam:
- Professor: devo colocar meu filho no reforço? Ele está tirando notas baixas, e, sozinho não conseguirá passar de ano.
- Que devo fazer?
Para essa questão tão séria, vamos analisar alguns pontos cruciais e verificarmos as razões, necessidades e o momento mais adequado na decisão de colocar o aluno no reforço.
Para isso, elencaremos alguns fatores que supostamente indicariam a dificuldade de aprendizado na infância, refletiriam na vida acadêmica e se estenderiam no exercício profissional de graduados e pós-graduados.
Sejam:
Falta de embasamento no ensino fundamental:
Como sabemos as primeiras séries do desenvolvimento do conhecimento são preponderantes para o crescimento intelectual de uma pessoa.
Nesta fase se os ensinamentos ministrados forem precários ou mal elaborados, certamente proporcionarão verdadeiros estorvos nas séries seguintes criando o chamado “efeito dominó” transformando, desta forma, uma verdadeira tragédia pedagógica na existência do indivíduo.
Fica, realmente, difícil determinar que essa seria a causa primária do grande número de reprovações registradas pelas instituições escolares, mas, sem dúvida, é uma das mais relevantes.
Isso porque um ano letivo é pré-requisito dos posteriores, um assunto prepara o aluno para o aprendizado do seqüente, e assim por diante. Por exemplo, não se aprende uma sílaba se não se conhece as vogais e consoantes. Não se aprende a multiplicar se não se sabe somar. Não se entende o mundo de hoje sem se conhecer a sua história. Então se a base é mal feita o resto da construção será débil, essa é uma lei e uma condição sine qua non.
Nota-se, também, que algumas matérias apresentam mais dificuldade de aprendizado que outras. Matérias que estão na preferência do alunato, em geral as ligadas às ciências humanas como história, geografia, artes, filosofia, etc. neste caso excetuaremos à Língua Portuguesa, que muitos se queixam das dificuldades e da complexidade natural do idioma.
A disciplina mais temida, sem sombras de dúvidas, é a matemática e suas co-disciplinares, tais como: química, física, estatística, etc. analisando isso mais de perto, apontaremos uma razão muito simples que discorreremos a seguir:
Nas décadas passadas o ensino médio no Brasil tinha um caráter profissionalizante e era dividido, mais ou menos, na seguinte forma:
• Científico – que tinha sua base pedagógica nas ciências exatas;
• Contabilidade – voltado para o comércio e seus processos;
• Liceu – ensinando as artes e a filosofia, e;
• Magistério - preparatório de professores das classes iniciais.
Lembramos que em nossa juventude, na quarta-série do ensino primário (assim era chamada a etapa do ensino que hoje se denomina ensino fundamental), antes do teste de admissão, alguns alunos, em geral as meninas, preferiam o magistério a outros cursos a fim de fugir da famigerada matemática, pois, a mesma não era muito exigida nesse seguimento educacional.
Para quem não sabe, o teste de admissão era uma espécie de vestibular que dava o direito do ingresso aos alunos da quarta-série primária ao primeiro ano ginasial, hoje ensino médio.
Assim, esses profissionais eram formados com certa aversão por essa matéria, que também não era muito requerida ou trabalhada de forma incisiva e elaborada. poderiam ensinar satisfatoriamente essa disciplina sem afetar a qualidade desse ensino/aprendizado?
Então, como conseqüência, esta problemática se arrasta de geração em geração do alunato sendo uma das principais causas das notas baixas e dos fracassos nos anos letivos dos diversos níveis acadêmicos da educação no Brasil.
Cultura da não leitura
Infelizmente, aqui no Brasil o hábito de ler não faz parte da nossa cultura, em geral queremos tudo pronto, resumido, sumariado e de compreensão imediata, relegando os textos mais longos a uma atividade enfadonha e tediosa.
Nas postagens anteriores damos um enfoque maior sobre a leitura e seus aspectos e nesta ocasião podemos observar que ler está intrinsecamente associado à compreensão e entendimento do texto, ou seja, se o indivíduo apenas passa a vista no escrito de uma folha de papel, por exemplo, e entende parcialmente a mensagem apresentada, podemos afirmar que não houve leitura ou houve apenas uma leitura fragmentada e precária, relegando a compreensão do texto aos anais da inferência, o que representa um perigo às conclusões ora obtidas.
Em brincadeira nas salas de aula que leciono, proponho aos alunos um teste de inferência, que sempre dá o mesmo resultado:
Digo a todos que o sufixo “ite” significa o designativo de doença inflamatória do órgão, tecido, etc., a que se refere o radical: amigdalite – inflamação nas amígdalas; bronquite – inflamação nos brônquios; gengivite – inflamação na gengiva.
Quando eu pergunto a todos o que é estomatite? Respondem rapidamente:
- é inflamação do estômago.
A inferência provocou o erro, pois, inflamação do estômago é gastrite. Estomatite é inflamação na boca, pois, estoma vem do Grego Stóma que traduzimos por boca.
O descuido com a leitura provoca o que chamamos de “fórmula pronta”, ou seja, uma associação cadenciada do que foi aprendido com o que está sendo exposto a resolver.
Muitos alunos esperam a similitude entre as aulas dadas e os exemplos apresentados com os exercícios propostos tentando enquadrá-los e resolvê-los de maneira padronizada.
O problema aparece quando na resolução, pois, nem tudo se resolve da mesma forma, as variáveis e nuanças dão sempre um novo sentido e interpretação modificando a forma e os processos de condução no desfecho do que foi pedido.
Ora, se tudo fosse resolvido ou processado da mesma forma, bastaria a confecção de um carimbo deixando tudo pronto de maneira prática e rápida.
Felizmente não é assim que “a banda toca”.
Outra questão a ser analisada sobre a leitura é a negligência do ato de ler. Alguns alunos recorrem a decoreba, ou seja, aprender o assunto de cor sem assimilação. Esse procedimento pode ser até eficaz momentaneamente, mas sem essa fixação os ensinamentos são volatizados e perdidos permanentemente.
Por problemas técnicos essa matéria não está concluída, mas iremos retomá-la brevemente.